A minha primeira paragem é na cidade de Split, um bom ponto de partida. Cedo se reconhece uma cidade, e um país, que se reclina para o desporto. Pinturas espalhadas por toda a parte não deixam dúvidas para o facto de aqui morar uma das mais importantes e conhecidas equipas de futebol da croácia: o Hajduk Split. É precisamente neste pormenor sem importância que a Croácia começa a surpreender. As mensagens de apoio deixadas nas ruas e murais pelos adeptos locais são carregadas de cor e apoio originalmente ilustrado, longe do insulto fácil e sujo encontrado em muitos outros países, onde Portugal se inclui.
Na paisagem de Split, tal como na paisagem da restante Croácia costeira, sobressaem as altas montanhas que, opostas ao mar, cercam toda a cidade. A entrada de Split é cercada de altos prédios que não sobejam grande beleza, ao lado destes encontra-se o bonito estádio da equipa de futebol local. Mas é entrando na cidade que se descobre alguns tesouros.
À medida que o centro se aproxima a vida da cidade vai reluzindo. Lojas, restaurantes, bares passeios pedonais e mulheres bonitas, muitas mulheres bonitas, tudo isto fica para trás e perde importância no momento em que entramos na cidade velha (ok, talvez as mulheres bonitas não percam importância). Cercada por uma muralha, cenário recorrente na costa croata, Split nasceu aqui, envolta numa muralha, por entre ruas estreitas e altas onde tudo se preserva o mais possível, todas as pedras em todos os espaços. Exemplo disso mesmo é um café que no centro aproveita as velhas escadas em pedra como esplanada, sem guarda-sóis, apenas uma pequena almofada e todo a liberdade de uma praça aberta e pública. Ainda no mesmo local, por detrás de uma ruína de colunas romanas, esconde-se uma pequena igreja guardada por, visão inesperada, uma esfinge. A curiosidade mata por vezes o encanto dos locais, não procurei por isso saber o porquê da esfinge. É bela e inusitada, e isso bastará como visão inesperada antes de se entrar no subterrâneo onde lojas vendem pequenos objectos artesanais antes da saída da muralha. Saí-se para o mar logo ao lado da imensa praça que são os passos do concelho.
Está muito quente e a visão da água é um bom pronuncio para quem tem pouco tempo e precisa de seguir. A visita a Split foi como esta descrição, não deu nem para aquecer...
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