terça-feira, 6 de abril de 2010

Índia, 1 documentário

Depois de mostrar algumas das fotografias que a Marta tirou, tenho de mostrar também um vídeo com imagens que eu fiz na Índia (sim, porque eu não fui só passear). 
Isto é um teaser para um documentário que estou a fazer e que tem por base as imagens que fiz durante a viagem. Ainda não tem titulo definido, mas vai ser qualquer coisa com Índia no nome... :)

quarta-feira, 24 de março de 2010

India | Jaipur, a pink city


Jaipur é uma espécie de feira em hora de ponta: tudo se vende e há compradores para tudo. As ruas estão sempre cheias de gente e de animais, o trânsito corre em todos os sentidos sem ordem nem regras, e os primeiros três dias são estupefacção.
A nosso primeiro almoço foi um tradicional Thali, o que, para primeiro contacto com a comida indiana, não foi a melhor escolha: foi demasiada índia num prato só. O que nos valeu foram os chapatis, para apaziguar o ardor na boca e restante sistema digestivo. No final ainda conseguimos fazer figura de camelos com umas sementes refrescantes que são servidas no final na refeição. Ainda bem que estávamos na Índia, onde os camelos são comuns.
Saímos para a rua para caminhar, mas era tanta informação a passar diante dos nossos olhos, que acabamos por apanhar um cicle rickshaw (um carrinho com dois lugares puxado por um homem numa bicicleta), e fomos para o centro da Pink City.
Pink city é na realidade, cor de laranja. É a parte antiga de Jaipur. Cheia de tradicionais bazares, tudo se vende, e o primeiro contacto com a agressividade comercial dos Indianos, comerciantes puros, não é fácil. O preço de uma manta de retalhos pode começar nas 10000 rupias para chegar facilmente às 3000, isto enquanto tentamos não entrar na loja e explicar ao vendedor que não pretendemos comprar nada, e que estamos só a passar no passeio porque na rua seriamos atropelados.
Bom, na realidade, não seriamos atropelados na  rua. Algo que aprendemos sobre a Índia, ao fim de alguns dias, é que no meio de todo aquele caos de tráfego, é muito difícil ser-se atropelado. Isto porque os Indianos se respeitam uns aos outros. O trânsito é um inferno sem regras, a forma de comunicação é a buzina, que é a banda sonora das cidades, mas durante 3 semanas não vimos um único acidente ou atropelamento. Isto porque mesmo quando fazem inversão de marcha numa rua de sentido único ou no meio de uma rotunda, todos tem o cuidado de não bater e de se desviar. Isto também é válido para os animais, e não é raro ver-se uma vaca deitada horas no meio de uma estrada com várias faixas enquanto o trânsito a contorna por todos os lados.
Mas isto foi apenas o primeiro dia.








quinta-feira, 18 de março de 2010

A India: o país incrível

Este post dá inicio a uma sequencia de posts que eu e a Marta estamos a fazer sobre a nossa viagem pela India. Os textos e fotografias publicados aqui estão também publicados no blog Beija-me. Os textos são escritos por nós, e as fotografias são da Marta.
Incredible India
Falar da Índia leva-me à minha infância, leva-me à escola e ao tempo em que aprendi os descobrimentos. O tempo em que, como Camões, falávamos das Índias, e não da Índia. E é isso mesmo que aquele país é, são Índias. Muitas, diferentes, vários países dentro de um mesmo território.
A Índia é uma avalanche de sensações: comidas picantes mas delíciosas, pessoas sorridentes e coloridas, relaxantes massagens ayurvedicas, aromas de incensos e comida pelas ruas, o vibrar da citara na música antiga, o ritmo e as danças das músicas modernas, o calor de um chapati ou de umstuffed naan acabados de sair do lume, o baloiçar de um camelo nas areias do deserto, ruas entupidas com pessoas vacas cabras camelos cães porcos cicle rikshaws auto rikshaws carros e macacos, comerciantes e regateios em todo o lugar, monumentos antigos e o Taj Mahal, gecos devoradores de mosquitos pelas paredes, comboios de um quilometro em viagens de catorze horas, sapatos descalçados num momento de oração, milhares de deuses e templos, dezenas de religiões e centenas de dialectos, barcos e canais, mais comidas e outros sabores e mais combinações gastronómicas.
Nos próximos posts iremos viajar pelos caminhos que percorremos, cidade-a-cidade, pelas memórias de uma viagem incrível.

 

domingo, 8 de novembro de 2009

Viajar por conta propria

(Este post foi escrito num teclado Indiano, por isso a falta de acentuacao e alguns erros de grafia)

Viajar por conta propria, sem agencias ou mediadores, tem o seu custo, e o custo maior e o tempo perdido a procurar hoteis e viagens, fazer marcacoes e confirmar as mesmas. Ate agora nao temos tido grandes problemas, apenas ontem, quando chegamos a Agra, onde vimos, finalmente, o famoso Taj Mahal, tivemos de trocar para um outro hotel do mesmo dono porque o quarto do primeiro nao tinha ar-condicionado (muito util para evitar visitas do mosquito com malaria). Mas la fomos para o outro hotel, este com um quarto quase a chegar ao aceitavel. Mas enfim, estamos em Agra apenas por uma noite e para ver o grande Taj, e Agra e isto mesmo.
Uma coisa engracada disto de viajar sem agencias e que, por exemplo, a Marta consegue ir postando algumas coisas no blog dela, enquanto eu nem por isso. A explicacao e simples: ela aproveita para escrever no blog dela enquanto eu me perco com telefonemas para hoteis e comboios e pesquisas na internet... :)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

India em Classe Executiva

(Este post foi escrito num teclado Indiano, por isso a falta de acentuacao e alguns erros de grafia)

Antes de mais delongas, quero deixar uma desilusao em jeito de reclamacao: servir champanhe frances, como recepcao ao aviao, em copo de vinho branco e absolutamente inadmissivel. Mas nao foi so isso que falhou na viagem em classe executiva da Lufhtansa para a India: uma consola de jogos sem comandos analogicos e sem o PES2010 tambem e dificil de explicar, alem disso as entradas ao almoco com caviar e fillet de salmao fumado teriao sido melhor apreciadas com um toque de hortela a acompanhar o rico condimento de cominhos e menta. Dito isto, o restante era bastante razoavel, os vinhos franceses e americanos eram muito bons, o tinto portugues da Estremadura nao provei, os diversos pratos a escolha bem servidos e as sobremesas de queijos e doces servidas com vinho do Porto LBV o complemento ideal para a refeicao. Tambem gostei de poder dormir deitado no aviao enquanto recebia uma massagem, e ja agora posso dizer que aproveitei para ver um episodio de Rockfeller 30 com o Jerry Seinfeld que eu nunca tinha visto antes. No geral, e tirando as pequenas imperfeicoes que mencionei, a viagem de 9h em Executiva da Lufhtansa foi bastante agradavel.
Quero por isso agradecer aos senhores da informatica que continuam sem resolver o problema dos overbookings e que com isso nos presentearam com um upgrade automatico para executiva totalmente gratis. Obrigado senhores, espero que no regresso voltem a fazer asneira outra vez.
Chegados a Hyderabad, o hotel 5 estrelas que marcamos tinha um carro a espera para nos levar. A noite, de apenas 4h, num 5 estrelas nao se deveu a nenhum overbooking, mas sim ao fato de este hotel ser a unica solucao a menos de 30km do recem inaugurado aeroporto de Hyderabad e nos termos muito pouco tempo para descancar. Este foi mesmo pago por nos, e em Unitede Estates Dolares!!!
Resumindo, o primeiro dia de viajem foi so mordomias e luxos, entre classes executivas e hoteis com quartos de capa de revista.
Ma isso foi o primeiro dia, o dia 2 comecou com uma viagem a bordo da low-cost Spicejet em direccao a Jaipur, onde vamos comecar a conhecer a verdadeira India e as verdadeiras qualificacoes do nosso orcamento. Seguem-se muitas viagens de tuk-tuk, auto-rikshaw, e algumas viagens de comboio. Dai irao por certo sair muitas historias fantasticas sem caviar nem massagens. La vamos....

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Timelapse - O amanhecer em minha casa

Para quem não sabe ou desconhece, uma "timelapse" é, basicamente, um lapso temporal, normalmente acelerado, e é um termo muito utilizado em vídeo e cinema.
Pois, eu comprei um brinquedo novo e extremamente interessante que me permite programar de diversas formas as câmaras fotográficas cá de casa, e fazer algumas coisas engraçadas.
Comprei para levar para a India, onde tenho a esperança de fazer alguma coisa com isto, mas quis experimentar logo aqui em casa.
Fica o resultado: um amanhecer da janela do nosso escritório lá de casa...


terça-feira, 20 de outubro de 2009

India 2


Quanto à viagem à India, a última grande querela entre mim e a Marta prende-se com uma ida ao deserto. A Marta quer ir ao deserto de Jaisalmer, muito próximo da fronteira com o Paquistão, passar uma noite. Ou seja, ela quer ir de camelo para o deserto, dormir junto dos camelos e depois voltar na manhã seguinte. Eu não tenho nada contra o deserto, só me chateia que lá não exista nada para se ver, daí o nome "deserto". Acredito até que aquele deserto tem ainda menos interesse que o deserto a sul de Lisboa que o ministro Mario Lino nunca chegou a conhecer.
Enfim, a verdade é que eu não quero passar a noite no deserto pois não me apetece partilhar os cobertores, à noite faz um frio gostoso, com alguma serpente solitária que procure um recanto mais quente onde se abrigar. Nada contra as serpentes em particular, mas muito contra os repteis em geral.
Já sei que não vou escapar a uma viagem ao deserto, mas vou-me certificar que, pelo menos, não desço do camelo. Mais vale monta-lo do que sê-lo!!!