Algumas coisas eu escrevi ainda lá, mas, com o tempo, a minha viagem a África vai voltando cada vez para mais próximo, ganha uma nova saudade. Difícil de explicar, foi uma viagem a países tão diferentes, e únicos, algo fica sempre por lá.
Daqui por dois dias vou para Barcelona, férias finalmente, e estive a marcar as dormidas numa guesthouse que me pareceu muito simpática. Já estava deitado quando, a pensar na guesthouse, me lembrava da fantástica guesthouse do Zico na Ilha de Moçambique. Zico é um português que se cansou de viver cá, neste mundo, e se mudou para a Ilha de Moçambique. Só quem conhece a Ilha é que pode perceber a dimensão da mudança.
A guesthouse do Zico era linda e confortável. Uma pequena casa com três ou quatro quartos, belissimamente decorados. Um pequeno jardim cheio de bom gosto. Uma cozinha. Tudo encantador, mas tudo muito simples. Numa rua estreita e sombria, rodeada por casa em ruínas, a paisagem do terraço era toda a ilha. Eu estava hospedados num pequeno hotel, à dimensão da ilha, e amaldiçoei o facto de me ir embora sem passar ali uma noite.
Como diria o poeta, um qualquer porque isto fica sempre bem, “é na distancia que relembro”.
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