quarta-feira, 28 de maio de 2008

Mais Tom Waits

Como sei que vai existir sempre alguém a queixar-se sobre a qualidade do vídeo do post anterior, aviso já que também posso implodir com Day after tomorow, Innocent when you dream, Make it Rain ou qualquer outra de um dos muitos álbuns editados desde o Swordfishtrombones em 1982. 
Assim, ficam vídeos com melhor resolução e som. 

Um detalhe só, se alguém bater palmas a meio de uma música como o Day after tomorrow, prometo que levo ferramentas e instrumentos à altura para resolver a situação...






Tom Waits na Europa

Já não é novidade para ninguém, mas Tom Waits voltou à estrada com a sua orquestra demoníaca, e vai também andar pelas estradas da europa nos próximos meses. O Marc Ribot não viaja, mas ainda assim não é evento de se perder. Os bilhetes para Espanha serão colocados à venda no dia 2 de Junho, e parece-me que eu vou viajar para ver o concerto no local mais estranho de toda a tour: San Sebastian, Espanha. 
Aceitam-se companheiros para a viagem de estrada. 
ab 
(nb: se Waits tocar Make it Rain com a eloquência do concerto abaixo não aconselho que fiquem junto a mim, posso explodir)




segunda-feira, 19 de maio de 2008

A Ilhas de Moçambique

No passado sábado pude ver as imagens que fiz à quase um ano atrás, quando andei 15 dias pelo Quénia e Moçambique.

Pensava que nunca mais iria publicar nada sobre essa viagem, o que me dava grande pena pois lembro-me ainda bem das fotografias que tenho, especialmente da Ilha de Moçambique, essa ilha com 3,5 km de comprimento e 500 metros de largura mas que carrega mais história e vida do que muitos países inteiros. Principalmente vida. Soube-me bem ver o programa e recordar a vida que aquela ilha carrega. Ver o miúdo com a raia gigante na cabeça, lembrar-me dos peixes coloridos e do marisco delicioso. Mas foi também rever a pobreza. É incrível como no mesmo programa se conseguiu ver Mombaça, que consideraríamos logo como uma cidade muito pobre, e logo depois a Ilha de Moçambique, tão pobre que não pode sequer ser comparada a Mombaça. Mas é claro, se quisermos procurar, ainda é possível encontrar lugares mais pobres ainda. Mas não é esse o objectivo. Prefiro lembrar-me das cores e das inúmeras crianças, com o pé descalço e a camisola rota mas sempre com um sorriso branco e feliz que sobressai na cara preta. Miúdos sempre dispostos a ajudar ou a dar uma corrida. O Jorge, que pode ser visto numa das fotografias com uma camisola vermelha e um sorriso aberto, foi o nosso guia durante todos os dias na Ilha. Impôs-se como nosso guia por entre pelo menos 30 crianças candidatas ao lugar. Impôs-se pela inteligência, deixava-nos respirar dos apertos para depois não nos largar, mas sempre de uma forma subtil. Fazia-o, como todos os outros, pelas pequenas “ajudas” que lhe dávamos. 

Mas sentiamos-nos bem e seguros. Ao contrário de Mombaça onde, para entrar com mais segurança na cidade velha, deixamos que o Manzu nos acompanhasse e guia-se, na Ilha sentiamo-nos  como em casa, quase mesmo em casa, não fosse ali faltar tudo. A Ilha de tão pequena torna-se num pequeno bairro, não vale a pena fugir a ninguém pois não há para onde fugir, só para quem vai embora da ilha. Também não há carros para quem quer fugir depressa. Quando muito algumas motas cortam as ruas onde deambulam pessoas e poucas bicicletas.

Deve de ser por isso que demora tanto tempo a entrar na ilha. Tempo é ali mesmo a palavra chave. Como o Gonçalo muito bem descreveu num pivot do programa, primeiro sentimos que nos enganamos, que aquele não é o sítio, parece um outro planeta, depois compreendemos o tamanho da Ilha, e então a Ilha é o mundo, e sendo o Mundo, não vale a pena sair dali.













segunda-feira, 5 de maio de 2008

Nos passos de Magalhães

E finalmente haveria de chegar o dia. 
É já no próximo sábado dia 10 que estreia na RTP2 o documentário "nos passos de Magalhães", programa para o qual aqui o menino galgou meio mundo com o Gonçalo e com o Tiago. Gonçalo Cadilhe e Tiago Mendes, honra lhes seja feita. Se o Gonçalo já todos conhecem, o Tiago foi, a par de mim, o outro operador de camara viajante. E já agora, ainda se conta com a Joana Deusdado e o Luís Bernardo que tiveram de editar muitas e muitas horas de video, mas que não tiveram de gramar com manadas de mosquitos assassinos. Além de nós toda uma estrutura de produção que tornou o programa possível, claro. E um abraço especial ao Gonçalo que teve de acompanhar o projecto desde a primeira hora até à última. 
Enfim, estou muito orgulhoso, apesar de ainda não ter visto qualquer programa integral editado, ansioso por o ver no sábado à noite, o primeiro de 8 episódios!!!
Hoje às 17h é a apresentação à imprensa no Padrão dos Descobrimentos, local simbólico. 
E como eu nunca mais publiquei aqui as prometidas fotos das outras viagens, fica aqui em segunda mão a promo do programa, um primeiro teaser para o que se poderá ver.